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As palavras não sangram
As palavras não sangram
A dor e o desespero Espelho cálido e vago Onde passeiam infinitos E brotam símbolos Que silenciosos e rudes Reverberam ocos e surdos A distância dos mistérios O azul de um pássaro Morto antes do voo Dúvidas cruas Do cachorro decepado Entre jornais queimados No soluço da manhã Numa estrada vazia Por onde caminham Girassóis sem pés Que acenam sem mãos Para os cegos que aguardam Passar as sinfonias Que carregam vulcões
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 25/05/2025
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